A EVOLUÇÃO DA IMPRENSA FEMININA BRASILEIRA: A INSERÇÃO DO MOVIMENTO FEMINISTA NA ESCRITA E NA MÍDIA DIGITAL

The evolution of Brazilian Female Press: The insert of Feminist Movement in writing and Digital Media

Autores

  • Mayara Lopes da Costa May mayaralopes-1997
  • Mateus Catalani Pirani Universidade Católica de Santos

DOI:

https://doi.org/10.62140/ajxc2e95

Resumo

RESUMO: Este trabalho busca trazer, através de uma metodologia dedutiva, dados bibliográficos e históricos acerca do contexto político e social da origem da imprensa no Brasil. A imprensa, a princípio dominada pelos homens, tinha a escrita sobretudo voltada para as mulheres, traçando o rol de expectativas em relação ao seu comportamento e beleza. Oportunamente, a pesquisa irá expor a trajetória da imprensa feminina brasileira: logicamente, o surgimento da imprensa feminina refletia as transformações pelas quais passava a sociedade, e gradativamente foi conquistando espaço e influenciando em uma nova maneira de ser esperado e pensado o comportamento feminino, diversamente de tudo que era pregado anteriormente. As mulheres foram deixando os bastidores e passando a ocupar o protagonismo. Nesse sentido, a pesquisa também buscará expor a reação da sociedade ao que foi considerado uma “afronta” com o surgimento do posicionamento feminino, sobretudo no contexto político da década de 60, ainda ocorrente atualmente. Tudo isso objetivando efetivar a garantia das mulheres ao acesso à leitura, à escrita e ao jornalismo, no período que inclui 1900 até os anos 2000, quando surgiu a mídia digital. Essas foram etapas percorridas pelas mulheres, não sem esforços e embates, almejando a defesa dos seus direitos de liberdade de expressão, informação e cidadania, almejando também demarcar no campo da escrita a constituição de uma imprensa propriamente feminista, a partir do final do século XIX e início do século XX.
PALAVRAS-CHAVE: Imprensa feminina; Feminismo; Mídia Digital; Quarta Onda.

ABSTRACT: This paper brings, through a deductive methodology, bibliographic and historical data on the political and social context of the origin of Brazilian’s press. The press, a principle dominated by men, had a writing mainly aimed at women, outlining the list of expectations regarding their behavior and beauty. In due course, the research will expose the trajectory of the Brazilian female press: of course, the emergence of the female press reflected the transformations that society was going through, and gradually it was conquering space and influencing in a new way to be expected and thought about female behavior, differently of everything that was preached previously. The women left the backstage and started to take center stage. In this sense, the research will also seek to expose the reaction of society to what was considered an “affront” with the emergence of the feminine position, especially in the political context of the 1960s, which still occurs today. All this aiming to effect the guarantee of women to access to reading, writing and journalism, in the period that includes 1900 until the 2000s, when digital media appeared. These were steps taken by women, not without effort and struggle, aiming to defend the rights of freedom of expression, information, and citizenship, also aiming at demarcating in the field of writing a constitution of a properly feminist press, between 19th and 20th century.
KEYWORDS: Women's press; Feminism; Digital Media; The Fourth Wave.

Biografias do Autor

  • Mayara Lopes da Costa May, mayaralopes-1997

    Graduada em Direito pela Universidade Católica de Santos (2020). Pós-graduada em Direito Antidiscriminatório e Diversidades pela instituição Damásio (2023) e pós-graduanda em Direito Internacional e Direitos Humanos pela instituição PUC Minas (2024).

  • Mateus Catalani Pirani, Universidade Católica de Santos

    Doutorando em Direito Ambiental Internacional pela Universidade Católica de Santos; Docente desde 2016 na mesma instituição. Atua como Presidente da Comissão de Direito Eletrônico e Educação Digital da OAB/Santos

Referências

ARAUJO, Natalia Ramos Nabuco. Liberdade e Expressão e o Discurso do Ódio. Curitiba: Juruá, 2018.

BUITONI, Ducília Schroeder. Mulher de papel, a representação da mulher pela imprensa feminina brasileira. 2ª ed. São Paulo: Summus, 2009.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 04 mai. 2021.

BRUGGER, Winfried. Proibição ou proteção do discurso de ódio? Algumas observações sobre o Direito Alemão e o Americano. Revista Direito Público, v. 15, jan, fev, mar/2007.

CARCARÁ, Thiago Anastácio. Discurso do ódio no Brasil: elementos de ódio na sociedade e sua compreensão jurídica. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2014.

COSTA NETO, João. Liberdade de expressão: o conflito entre o legislador e o juiz constitucional. São Paulo: Saraiva, 2017.

DESCARRIES, Francine. Teorias Feministas: Liberação e Solidariedade no Plural. Brasília: Revista do Programa de Pós-graduação em História da UnB, 2005.

FOUGEYROLLAS-SCHWEBEL, Dominique. Movimentos feministas. In: HIRATA, Helena et al (orgs). Dicionário crítico do feminismo. São Paulo: Editora UNESP, 2009.

MERRIAM WEBSTER. The Real Story of Fake News. Disponível em: < https://www.merriam-webster.com/words-at-play/the-real-story-of-fake-news>. Acesso em: 05 mai. 2021.

MILL, John Stuart. On Liberty. Batoche Books, Kitchner, 2001.

NIETZCHE, Friedrich Wilhelm. A Genealogia da Moral. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Cia das Letras, 2009.

POTIGUAR, Alex Lobato. Discurso do ódio no estado democrático de direito: o uso da liberdade de expressão como forma de violência. Tese de doutorado. Faculdade de Direito da Universidade de Brasília, 2015.

RAIS, Diogo (coordenador). Fake News: a conexão entre a desinformação e o direito. São Paulo: Thompson Reuters Brasil, 2018.

ROCHA, Fernanda de Brito Mota. A quarta onda do movimento feminista: o fenômeno do ativismo digital. Dissertação (Mestrado) – Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2017.

SCHAFFER, Gilberto; LEIVAS, Paulo Gilberto Cogo; SANTOS, Rodrigo Hamilton. Discurso de ódio. Da abordagem conceitual ao discurso parlamentar. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/515193/001049120.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 04 mai. 2021.

SILVA, Rosane Leal e at all. Discursos de ódio em redes sociais: jurisprudência brasileira. Revista Direito GV. São Paulo. julho-dez 2011.

SODRÉ, Nelson Werneck. História da imprensa no Brasil. 4 ed. Rio de Janeiro: Mauad, 1999.

STROPPA, Tatiana; ROTHENBURG, Walter Claudius. Liberdade de expressão e discurso do ódio: o conflito discursivo nas redes sociais. Revista Eletrônica do Curso de Direito (UFSM), v. 10, n. 2, 2015.

WOITOWICZ, Karina Janz. Marcos históricos da inserção das mulheres na imprensa: A conquista da escrita feminina. Porto Alegre: Jornal Alcar UFRGS, 2012.

Publicado

17-06-2024

Edição

Secção

Artigos Completos

Como Citar

A EVOLUÇÃO DA IMPRENSA FEMININA BRASILEIRA: A INSERÇÃO DO MOVIMENTO FEMINISTA NA ESCRITA E NA MÍDIA DIGITAL: The evolution of Brazilian Female Press: The insert of Feminist Movement in writing and Digital Media. (2024). Revista Ibérica Do Direito, 4(1). https://doi.org/10.62140/ajxc2e95